Agora que o ano acabou, posso publicar por aqui a minha lista definitiva dos meus discos favoritos de 2021. Andei publicando no meu twitter o que eu considerava serem os discos mais interessantes enquanto eu os descobria, mas agora está na hora de fazer algo mais definitivo.
Não me lembro bem quando me deparei com o site que me ajuda a fazer essa lista de discos favoritos de 2021, mas eu sei que, sem ele, seria mais difícil ainda definir esses discos. Digo isso porque o site usa dos meus dados no last.fm para definir quais foram os discos lançados em 2021 que eu mais escutei. Dessa forma, presumo que esses foram meus discos favoritos.
E quem sou eu para discutir com eu mesmo se fui eu que passei todo esse tempo escutando esses discos.
Luminous Rot do Nadja
Começando no quinto lugar com o Luminous Rot do Nadja que é um disco que continua com a experimentação sonora dessa banda canadense baseada aqui em Berlim. Para algumas pessoas, o som do Nadja pode ser um pouco tedioso, mas eu discordo completamente já que acho bem interessante a mistura de drone, shoegaze e metal que eles fazem.
Em Luminous Rot, acredito que o som dele ficou até mais fácil de ser digerido já que algumas das músicas aqui, principalmente a faixa título e Fruiting Bodies, tem uma linha mais melódica.
Escute a música Luminous Rot e Starres para você entender o que faz esse disco ser tão bom.
Maquishti da Patricia Brennan
O Maquishti da Patricia Brennan é um desses discos que me seguiu pelo ano inteiro e me surpreendeu a cada audição. Digo isso porque esse disco poderia ser classificado como free jazz e é composto quase que exclusivamente de marimbas e vibrafones. Além disso, o disco tem uma estrutura musical que lembra, de algumas formas, uma linguagem sonora indígena que me interessou bastante.
Esse é um dos discos que você deixa tocando enquanto trabalha e deixa as notas musicais do vibrafone ecoarem no seu cérebro.
Destaque para as músicas Solar e Episodes.
New Flesh in Dub Vol 1 do Godflesh
O Godflesh é uma das bandas mais importantes da minha vida, mas eu nunca fui dos maiores fãs dos discos mais recentes deles. Creio que isso mudou um pouco com o lançamento do New Flesh in Dub Vol 1 que é uma compilação de remixes e versões alternativas de músicas lançadas pela banda depois da sua reunião em 2010.
No disco dá para compreender um pouco mais das referências musicais da banda fora do mundo do metal e do industrial e acredito que foi isso mesmo que chamou mais a minha atenção nesse disco. As paisagens sonoras criadas pela banda, as batidas de hip hop e os baixos distorcidos que poderiam estar em algum disco de post-punk. Esse disco é uma ótima exploração do que a banda consegue fazer.
É só ir direto na The Cyclic End para entender o que gostei tanto aqui.
Uncommon Weather do The Reds, Pinks and Purples
Conheci o The Reds, Pinks and Purples do Glenn Donaldson no meio do ano e ele foi para o meu top 5 rapidamente. O que foi uma surpresa para mim já que eu não sou dos maiores fãs do estilo musical aqui, mas foi assim que aconteceu.
O Uncommon Weather é um disco com uma produção lo-fi que pode até ter sido gravado no quarto do Glenn Donaldson devido a sua sonoridade. As músicas que ele gravou aqui combinam bem com essa proposta e apresentam emoção e significado de um jeito ainda mais especial. Principalmente quando se trata das melodias e das letras. Algo que me surpreendeu novamente porque esse não é um estilo que eu gosto tanto assim.
Escute I Hope I Never Fall in Love e Pictures of the World para começar esse disco no repeat também.
Distant Populations do Quicksand
Quando escutei o Distant Populations pela primeira vez, não sabia direito se o som aqui iria me convencer do que o Quicksand é capaz. As músicas pareciam um pouco mais pesadas do que o Interiors, o disco anterior da banda, e eles não ficaram só nessa adição de peso.
O Distant Populations parece uma mistura de riffs de grunge com uma levada sonora de post hardcore que me leva direto para os discos que escutei tanto na minha adolescência. O disco não saiu do repeat aqui em casa desde quando lançou e eu gostei ainda mais de tudo após ver alguns vídeos da banda tocando ao vivo em estúdio. O que faz com que eu fique na torcida para quem o Quicksand venha tocar em Berlim em breve.
Lightning Field, Missile Command e EMDR são as minhas favoritas aqui.
Porém, é difícil deixar essa lista dos meus discos favoritos de 2021 somente com cinco albums então, se você quer escutar mais algumas coisas que gostei bastante, fique com a lista logo abaixo.
- A trilha sonora de Candyman do Robert Aiki Aubrey Lowe
- Àspero do Dramón
- Blooming do Amulets
- A insanidade sonora no Rien ne suffit do Plebeian Grandstand
- A Tension of Opposites, Vol. 1 do O Yuki Conjugate
- Invisible Cities do A Winged Victory for the Sullen
- Lost Themes III: Alive After Death do John Carpenter
- Bright Green Field do Squid
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