Abril não foi o melhor mês cinematográfico desse ano. Passei parte do mês no Chile e não assisti nem metade dos filmes que levei para lá no meu iPad. Além disso, houve o retorno das duas séries que eu acompanho: Game of Thrones e Mad Men, e sei que isso influenciou um pouco na queda do número de filmes assistido. Mas, vou mudar isso. Tenho certeza.
Assisti Django durante o longo vôo de volta do Chile para Berlin e posso dizer que gostei do filme. Não esperava muita coisa já que não sou dos maiores fãs do que o Tarantino faz desde Pulp Fiction então assisti o filme com uma expectativa bem baixa e posso dizer que ela foi superada. Só queria entender o por que aquele personagem alemão demora tanto tempo para ter uma crise de consciência.
Amour foi outro filme que vi na viagem de volta para casa e ele acabou equilibrando o clima de sangue que veio antes com Django. Mas Amour não é apenas um drama, ele pode ser o melhor filme de terror que você já viu se você conseguir enxergar ele desse jeito. A forma estática com que Haneke retrata a idade avançada do casal que chega ao fim.
A surpresa do mês foi Silver Linings Playbook que nunca tinha chegado a minha atenção até concorrer ao Oscar no início do ano. Acreditava que essa seria apenas mais uma comédia romântica para assistir no cinema com aquela garota que você acabou de conhecer mas, o filme é muito mais do que isso.
Posso dizer sem problemas que gostei dos personagens, da atuação de vários deles e de toda história, por mais clichê e esperada que ela seja. Esse foi o filme bobo do mês mas o melhor filme bobo que vi em muito tempo.
Já com Thirst, tudo muda de ângulo. Já tinha esse filme no meu HD há tanto tempo que nem sei dizer o porquê que nunca resolvi assisti-lo. Porém, quando resolvi fazer isso, fiquei com uma expectativa em pedaços.
Resolvi assistir a história do vampiro padre sul coreano por que ele tem o mesmo diretor de Old Boy mas eu não esperava que fosse assistir uma comédia splatter sexual estranha. Não esperava mesmo e acho que, por isso mesmo, não gostei tanto do que assisti. O filme é legal, eu só queria ver outra coisa.
We Need to Talk About Kevin é outro filme que peguei para assistir depois de deixa-lo sozinho no meu HD por algum tempo. Mas, esse daqui foi uma surpresa positiva. Bem positiva por sinal.
A forma fragmentada e etérea com a qual a história é contada me surpreendeu e imagino que o filme deve ser um pesadelo para os pais e mães do futuro. Assistam e aplaudam Tilda Swinton por que ela merece.
Não sei por que eu coloquei Gangster Squad aqui já que eu ainda não terminei de assistir essa mistura estranha de A Dália Negra e Los Angeles, Cidade Proibida. O que eu vi serviu para colocar um grande receio no que a história se trasformará quando eu sentar para assistir o resto do filme.
É triste pensar como um filme cheio de atores tão bons pode se tornar algo tão difícil de ver como esse filme anda sendo. Muita decepção aqui e clichês excessivos.