Agosto foi um mês interessante no quesito cinematográfico. Consegui assistir um número legal de filmes em casa, consegui instalar o plex no raspberry pi e ainda descobri o nome de um filme que cujo nome eu tinha perdido no passado mas cuja história ainda estava meio gravada na minha cabeça. Vamos ver se consigo assistir ainda no fim de semana.
Das weiße Band foi um dos primeiros filmes que vi nesse mês que acabou. Baixei ele há muito tempo por que lembro de ler sobre ele quando concorreu ao Oscar em 2010. O chato foi que eu não achei muita graça no filme. Não sei se foi o dia que eu vi ou o que mas eu tenho certeza de que esse filme é mais do que aquilo que acabei assistindo.
Acabei lembrando que eu tinha o The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford aqui no computador ao ler um comentário no reddit sobre filmes com uma fotografia fora do comum. Posso dizer que o filme é lindo e não fica só nisso. A história da morte de Jesse James pelas mãos do Robert Ford é contada com detalhes e de um jeito que fez com que eu criasse um certo ódio pelo personagem. Penso que isso é bom para um filme.
Another Earth foi uma das surpresas do mês. Não lembro de onde veio esse filme e nem tinha ideia do que se tratava até começar a assistir o filme. A história é estranha: um dia, um outro planeta aparece no céu. Ele aparece do nada e acaba distraindo uma garota num carro que acaba atropelando a matando parte de uma família. A história do filme é focado na vida dessa garota depois que ela sai da cadeia e tenta encontrar a paz e enquanto entende que planeta é esse que surgiu ali em cima.
The Killer Inside Me estava no meu hd há tantos anos que ele deve ter ficado até feliz quando resolvi dar play no filme. Uma pena que eu não vi muita graça no filme. A história de um xerife do sul do Texas que, ao poucos, vai sendo desmascarado como assassino psicopata não me interessou nem um pouco. Só depois percebi que esse filme, também tem o Casey Affleck atuando como um personagem que eu odiei. Estranho isso.
Ghost Town deve ter sido a única comédia que eu vi esse mês e, mesmo assim, não consegui dar risadas. Acho que criei uma birra do Ricky Gervais. Só pode ser. Ainda gosto do que ele escreve, só não consigo aceitar ele como ator. Além desse problema, esse filme foi tão cheio de clichês e ideias repetidas que tive que assistir outro filme na sequência para limpar minha mente.
Foi assim que fui assistir Never Let Me Go, o filme mais fofo já feito para um futuro distópico. E é sério isso. A ideia do filme é legal mas você já viu antes. Pessoas são criadas para terem seus orgãos usados por pessoas que pagaram pra essas nascerem e manterem os orgãos. Me lembrou outros filmes mas o foco de Never Let Me Go é outro. O triângulo amoroso que surge entre três pessoas que foram criadas para produzirem orgãos é o foco aqui e tudo é muito chato. Muito mesmo.
Minha esposa nunca tinha visto Gummo e eu não lembrava da última vez que tinha assistido o filme. Resolvemos isso numa tarde preguiçosa aqui e posso dizer que continuo adorando esse filme. Já ela não gostou tanto. O que me chama atenção no filme é a forma quase aleatória pela qual a história do dia a dia da cidade é contado. São cenas perdidas que só se encontram bem depois, quando se encontram. Me lembra uma tentativa de contar uma história onde cada pessoa lembra do que aconteceu de um jeito. Eu gosto.
Você deve lembrar da história daquele repórter americano que foi morto e decapitado por terroristas no Paquistão logo depois que começou a invasão americana ao Afeganistão. A Mighty Heart é a história da esposa desse repórter, a Mariane Pearl, tentando encontrar o marido e o que aconteceu com ele. O filme começou meio devagar mas acabou me conquistando. A tensão dos personagens quando tudo começa a dar errado é quase triste já que já sabemos o que aconteceu com o Daniel Pearl. Assista que é legal.
Posso dizer que tirei um atraso da minha vida já que foi nesse mês que eu assisti Solaris do Andrei Tarkovsky. Apesar de não gostar o ritmo lento do filme, posso dizer sem problemas que adorei o filme. Sabe aqueles filmes que você assiste e fica pensando nesse por um tempo? Foi assim comigo logo após o final de Solaris. Gostei da ideia principal, gostei do motivo pelo qual os cientistas na nave estão a beira da loucura, gostei das diferenças entre a ficção científica soviética e a americana. Gostei tanto que estou com outros filme do Andrei Tarkovsky para assistir depois.