Skip to content

Os Filmes de Julho

  • cinema
  • 6 min read

mud_filmes de julho

Como havia imaginado, o mês de julho foi muito mais proveitoso no quesito filmes do mês. Com o fim de Game of Thrones e Mad Men, tudo mudou. Passei a sentar no sofá da sala para ver filmes e não séries. Vamos com a lista do que eu assisti então. O filme ai de cima foi o meu favorito do mês.

Ao contrário do que li por ai, eu gostei de Spring Breakers. Gostei de como a história é contada de um jeito que te entedia a ponto de começar a entender o que passa por trás da cabeça das pessoas dessa geração. Gostei do niilismo com pitadas de Girls Gone Wild e sonhos destruídos nas praias da Flórida. Gostei também da análise simbólica que fizeram dos elementos do filme e como eles representam um passeio pelo mundo religioso.

Por culpa da minha esposa, acabei assistindo Monsters University. Não lembro muito bem de quando que eu assisti Monsters, Inc mas não reclamei quando ela sugeriu esse filme. Só não esperava que seria tão bobo. Acho que ele segue a mesma direção nada especial de Cars e, por isso mesmo, eu achei que poderia ser muito melhor. Esperava mesmo. Acabei achando, apenas, mais ou menos. O que não é nada bom quando se pensa em Pixar.

Esse mês, eu tentei assistir Evil Dead mas fiquei entediado nos primeiros 20 minutos. Espero conseguir assistir esse filme ainda em 2013.

Uma ótima surpresa cinematográfica veio com The Fountain. Não sei por que mas eu nunca tinha ouvido falar desse filme do Darren Aronofsky que deveria ser um clássico do cinema moderno. A história é tudo que Cloud Atlas queria ser mas não conseguiu. Tudo ali segue uma rotina muito bem estruturada para contar a história da forma que deve ser. Não assista se você precisa de explosões num filme. Assista se você um filme realista que mostra a paixão de um personagem pela vida e como outro personagem quer preservar esse amor por todo o sempre. É isso. Simples assim.

Em 2009, acabei baixando um torrent gigantesco, repleto de filme das décadas de 50 e 60. A maioria deles eu nunca tinha visto e, de vez em quando, tento diminuir a lista de filmes clássicos que nunca assisti e entro nessa pasta para assistir alguma coisa. Foi assim que resolvi assistir Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb do Stanley Kubrick. Sou fã dos filmes do diretor mas, posso assumir que, nunca tinha visto nada antes de 2001: A Space Odyssey. Acabei gostando mais do filme pelo que ele representou do que pelo que ele é hoje. Afinal, não é todo dia que alguém lança um filme fazendo piada de um evento trágico entre diplomatas sem sentido no meio da Guerra Fria. Por esse fato, acabei levando esse filme para um patamar ainda maior. Mas, não gostei muito do humor do filme. Acho que é coisa do tempo que passou.

Num sábado desses, resolvi matar minha ressaca vendo um dos filmes que mais gostei de ver quando era criança. Empire of the Sun é o nome do filme e eu espero que você tenha assistido a história de um garoto se tornando uma outra pessoa e crescendo como ser humano no meio de um campo de prisioneiros durante a Segunda Guerra. É estranho pensar que a criança do filme é ninguém menos do que Christian Bale e que esse é meu filme favorito do Steven Spielberg.

Assisti Heartless também e só posso dizer que perdi uma hora e meia da minha vida com um filme bem idiota. A história de um fotógrafo que começa a ver demônios pelas ruas de Londres deveria ser muito mais legal do que isso dai. Evite, por favor, evite.

Mister Lonely foi o segundo filme do Harmony Korine que eu assisti esse mês e, facilmente, o mais estranho deles. Ainda estou tentando entender a história de um imitador do Michael Jackson nas ruas de Paris que se apaixona por uma imitadora da Marilyn Monroe e que acabam morando juntos numa comunidade de imitadores no meio da Escócia. Onde a tal Marilyn é casada com um Charlie Chaplin e cuja filha é a Shirley Temple. É sério. Algumas vezes eu me sentei no sofá olhando para a tela e tentando entender o porquê daquilo tudo. Fora isso tudo que me deixou perdido, gostei muito do constante questionamento sobre quem somos nós do filme. Isso valeu a pena.

Se é para ir ao cinema, que seja para ver um filme cheio de efeitos especiais, com a maior tela do mundo e com tudo que o 3D pode oferecer. Foi pensando nisso que foi assistir Pacific Rim no Sony Center aqui em Berlin. Acredito que esse deva ser o terceiro filme que vi por aqui e o primeiro onde o cinema estava com o ar condicionado ligado. Mas, o que eu posso dizer do filme? Os efeitos especiais do filme são lindos, adorei a Hong Kong do futuro que existe na batalha final do filme, achei os robôs muito mais legais do que eu esperava, delirei com as interfaces usadas nos computadores do filme. Mas, odiei como a história que tinha tudo para se tornar bem interessante, se torna uma mistura previsível de clichês do cinema de ação americano. Esperava mais do Guillermo del Toro mas…

Para matar minha sede por documentários e meu interesse por serial killers, nada melhor do que um filme sobre aquele que eu acho um dos mais interessantes: The Jeffrey Dahmer Files. Se você quer um filme com todos os corpos que o Dahmer matou, acho que esse filme não é para você. Aqui você vai ver como os atos dele mudaram a vida de três pessoas: a vizinha dele, o detetive que conseguiu a confissão dele e o médico que fez o reconhecimento do local e a autópsia dos cadáveres. Eu gostei.

Fechando o mês com chave de ouro, deixo vocês com Mud. A história de dois garotos que encontram um homem numa ilha no meio dos pântanos do sul dos Estados Unidos merece um Oscar. Esse filme merece se tornar um clássico ou algo próximo disso. Assista e pronto, não preciso falar nada mais que isso.

 

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.