Não era fã de nada que fosse apenas violão e voz até escutar o primeiro disco do Steve Von Till lá em meados de 2001. Foi com As the Crow Flies que comecei a me interessar pela simplicidade do violão e voz e do folk. Foi assim que comecei a escutar Nick Drake e Neil Young. O resto é só história.
E foi com uma grande surpresa que, ontem, me deparei no rdio com o A Life Unto Itself, disco novo do Steve Von Till. Depois de dezenas de audições, me sinto quase seguro para fazer um review desse disco que não soa muito com o que ele já havia lançado antes. As músicas continuam minimalistas em sua natureza mas o som é mais experimental, mais cheio e, acho que por isso mesmo, não consigo parar de escutar esse disco.
As músicas são longas em A Life Unto Itself e acabo me perdendo em onde uma começa e a outra acaba. Ando separando elas na minha cabeça pelos outros instrumentos que escuto junto com a voz do Steve Von Till.
Em In Your Wings e A Life Unto Itself, uma steel guitar preenche o vazio e deixa tudo com um clima mais introspectivo. Em A Language of Blood, o refrão final da música é preenchido por um canto quase tribal que me lembrou algo tibetano.
O foco em A Life Unto Itself sempre vai ser a voz quase rústica do vocalista do Neurosis. Voz essa que parece capturar sua atenção de um jeito que fica difícil de deixar passar. Novamente, acredito que pode ser o porquê de eu não conseguir deixar esse disco de lado.
Estamos antes do meio de 2015 e já posso dizer que o A Life Unto Itself é um dos melhores discos do ano e um dos discos mais fortes do repertório do Steve Von Till. Agora só posso torcer para que ele venha para Berlin tocar esse disco ao vivo. Escute o disco logo abaixo e pronto.