Sim, é isso mesmo. Consegui sobreviver no last.fm por 8 anos. Sobrevivemos a ascensão da web 2.0 e a uma dezena de coisas que eu não lembro mais. Mas, pelo menos, eu posso descobrir o que eu mais escutei em maio de 2006. Foram mais de 200 mil músicas tocadas, muitas idas e vindas musicais, alguns erros e outros tantos acertos. O last.fm viu meu gosto musical evoluir e chegar nesse nível de semi deus do bom gosto que vemos hoje. Afinal, acordar ao som de Sunspots não é para todos.
Mas, falando sério, eu uso o last.fm até hoje por três motivos:
- Suas recomendações musicais baseadas naquilo que você escuta. Já conheci e redescobri muita banda boa usando essa ferramenta.
- Os shows e festivais que ele me recomenda. Além de incluir todas aquelas bandas que já escutei, o last.fm ainda cruza dados e indica shows de bandas que eu possa gostar e eu adoro isso.
- O lado estatístico que aponta quais bandas eu escutei mais, quais discos e quais são as músicas que eu mais escutei em todos esses anos.
E o que foi que eu aprendi observando todos dados desses 8 anos de last.fm?
- Clutch deve ser minha banda favorita. Seguida de Godflesh, Nine Inch Nails, Jesu e Faith No More. E tem gente que acha que eu sou “extreminho” demais.
- Dos 10 discos que eu mais escutei, cinco são de folk. Joe Volk, Nick Drake, Bon Iver, Elliot Smith e Palace Brothers marcam presença ai e provam, mais uma vez, que não sou tão metaleiro quanto acham. Além de que, pelo menos uma dessas bandas, o Palace Brothers, eu descobri pelo site.
- Lifer, do Down, lidera como a música que eu mais escutei em todos esses anos. Tudo isso porque a TRNK, banda que eu tocava antes de mudar para Berlin, resolveu mandar um cover dessa música e eu coloquei ela no repeat para aprender a tocar. Se não fosse isso, o folk ainda estaria ganhando já que, das 10 músicas mais tocadas, 7 são desse estilo que eu não gostava nada antes de 2006.
É isso, obrigado Last.fm por manter um registro de todos esses anos de música. Que venham mais anos.