Lembro de estar procurando por alguma coisa no site da Neurot Records quando me deparei com aquele nome de banda meio sem sentido. Essa banda era o Bee & Flower e isso devia ser em meados de 2003, quando eles tinham acabado de lançar seu primeiro disco, What’s Mine is Yours. E, por mais estranho que pareça, a banda não tinha nada da sonoridade que eu esperava de uma banda dessa gravadora. A pegada aqui era muito mais “romântica”, algo meio jazzístico, com pianos estranhos e uma garota cantando de forma quase sensual. Posso dizer que a banda me ganhou como fã naquele exato momento. Em 2007 eles lançaram Last Sight of Land e aquele disco me deixou ainda mais fã dessa banda de nome “exótico”.
Assim que mudei aqui para Berlin, fiquei imaginando que seria fácil ver um show da banda, afinal, eles diziam em todos os sites que eram uma banda dividida entre Nova Iorque e Berlin. Algo que, depois, de um tempo descobri ser meio errado já que só o tecladista mora aqui em Berlin. Mas, como eu não ouvia falar da banda já havia um tempo, mantive minhas esperanças bem baixas. Ainda bem que isso mudou no meio de maio quando vi no meu last.fm que a banda tocaria por aqui, finalmente.
O Schokoladen é um lugar bem pequeno, acho que devem caber umas 75 pessoas bem apertadas por ali, com um palco baixo e uma espécie de escadaria que é usada por aqueles que querem ver o show sentado. Pelo que eu entendi, o local é uma invasão bem antiga, do início dos anos 90, e vive até hoje no lugar que está devido a sua cooperação com a vizinhança. Ou seja, nenhum show ali passa das 22 horas. Algo que acabou atrapalhando um pouco o show do Bee & Flower mas tudo bem, ainda assim valeu a pena.
Queria dizer que eles escolheram um dos artistas mais malucos que já vi ao vivo para fazer a abertura da banda. Me desculpe Thomas Traux, mas é bem complicado descrever o que você fez no palco. Não sei mesmo hoje já depois de umas semanas. Sério, pesquisem sobre ele e pronto.
O que posso dizer do show do Bee & Flower além de que pode ter sido o show mais fiel a um disco que já vi na minha vida. Pelo fato do show acontecer num local pequeno, consegui assistir tudo, confortavelmente, bem perto da Dana que canta tudo com um feeling inesperado. Quase tomei um baixo na cabeça algumas vezes na última música. E é só isso que posso dizer do show. Vejam os vídeos abaixo que gravei de Dupe, Wounded Walking (minha favorita) e Don’t Say Don’t Worry e pronto.
httpv://www.youtube.com/watch?v=34qtfGHc5yk&hd=1
httpv://www.youtube.com/watch?v=lIE5MyS8Vt8&hd=1
httpv://www.youtube.com/watch?v=k9f42FwP52c&hd=1