Nesse fim de semana que se aproxima, vou ter o prazer de ir pela terceira vez ao Hellfest. E esse post aqui está atrasado em quase um ano já que aqui eu quero contar um pouco do que foi o Hellfest de 2011. Mas, como eu tardo mas não falho, vamos ver se eu lembro um pouco desse festival. Vamos ver se esse poster ai em cima ajuda em alguma coisa.
Lembro que cheguei em uma Clisson nublada e que parecia que ia chover. Acabou que choveu menos do que eu esperava mas fomos castigados por um frio fora do comum. Essa foi a única coisa que lembro de ter me chateado nesse festival. Afinal, qualquer festival que tenha Rob Zombie, Meshuggah, Mayhem, Corrosion of Conformity e Clutch no seu primeiro dia, merece meu respeito.
Essa sexta feira começou com uma das bandas mais subestimadas que o black metal já viu, o Dødheimsgard. A mistura de industrial com black metal que eles fizeram no 666 International marcou uma época na minha vida e seu Supervillain Outcast foi obrigatório no meu iPod durante muito tempo. Não tinha nem ideia de como aquele som seria reproduzido ao vivo e acabei ficando um pouco decepcionado com a falta de “impacto” que eles conseguiram causar no show. Mas, porra, eu vi o Dødheimsgard da grade. Foda se.
E a sexta feira não estava nem começando. Por culpa de uma tempestade repentina, eu perdi parte do show dos japoneses malucos do Maximum the Hormone. Foi uma pena mas eu precisava de uma capa de chuva. Espero não cometer esse tipo de vacilo esse ano. Não lembro muito bem a ordem dos show nessa sexta mas lembro do que eu assisti.
Vamos lá, Rob Zombie fez um show chato em excesso e fez eu perder a participação do Phil Anselmo no palco do Melvins. O Mayhem assustou todo mundo falando que faria um show fora do padrão deles e me entediou. O Corrosion of Conformity não me convenceu de que eles sabem viver sem aquele guitarrista lá, o Young Gods fez um show meio sem graça e o Meshuggah partiu meu coração com um show bem fraco. Acho que eles não foram feitos para festivais, imagino que o som deles faça mais sentido em um ambiente mais fechado.
Mas sexta feira assisti o massacre sonoro que foi o show do Down e um dos melhores shows da minha vida que foi o Clutch. Sério, que banda é aquela? Foi facilmente o melhor show do ano passado, o melhor do Hellfest 2011 e um dos melhores shows da minha vida. Esse mediocre video de Electric Worry é testemunha do que eu estou dizendo. Meu deus do céu.
Sábado sempre foi um dia meio fraco para mim no Hellfest. Digo sempre por que em 2010, o sábado foi o dia mais fraco para mim e em 2011 a mesma coisa aconteceu. Espero que esse ano seja um pouco diferente. Mas foi um dia fraco entre aspas. Foi nesse sábado que sobrevivi ao Wall of Death do Municipal Waste, vi o Coroner massacrando no palco principal e vi o Converge tocando seu hardcore maluco no Terrorizer Tent.
O único material que tenho desse dia foi do Total Fucking Destruction, banda do baterista do Brutal Truth, Richard Hoak. Como eles tocaram cedo, umas 11 da manhã, deu para assistir o show da grade. E que show bizarro foi esse. Já tinha visto o show deles no Rio de Janeiro em 2002 (acho que foi nesse ano), e sabia que eles tocavam algo bizarro, porém, nada tinha me preparado para aquilo. Valeu a pena.
Domingo sempre é um dia melhor para mim. O Terrorizer Tent vira um palco quase só de Stoner e Doom e eu praticamente moro lá. Foi o que aconteceu em 2011 com bandas como Red Fang, Electric Wizard, Kyuss Lives!, Hawkwind, knut, Goatsnake. Nesse dia, nos outros palcos, acabei só vendo um pouco do show do Anathema, o final do show do Ozzy e parte do show do Atheist.
Mas não estou aqui para falar sobre essas bandas e sim para falar do Red Fang. Amigos, que show foi aquele? A banda tocou no menor dos palcos, perto do meio dia e meio e para um público ainda dormindo mas fez com que todo mundo acordasse. Se eu não tivesse visto o Clutch na sexta, esse seria o melhor show do festival. Acho que dá para ver melhor com Malverde e Wires logo abaixo.
Outra banda que me surpreendeu no festival foi o Goatsnake. Tudo bem que eu sabia que não tinha como errar com eles mas o show superou em muito aquilo que eu esperava. Guitarras pesadas, uma bateria marcante, um baixo cheio de peso e um vocalista energético que cantava como ninguém. Foi foda mesmo esse show. Se eles tocarem aqui em Berlin, não exito um segundo para ver novamente.
Das outras bandas que tocaram nesse domingo, a única que posso dizer alguma coisa é do Kyuss Lives!. Esse foi o meu segundo show deles, já que tinha visto eles voltando no ano anterior nesse mesmo palco, e posso dizer que o show deles foi melhor em 2010. Hoje, depois de já ter visto a banda tocar umas 4 vezes, posso afirmar que nada ganhou desse show de 2010. Kyuss Lives! é uma banda que entedia aqueles que esperavam alguma interação com o público. Não que eu queira alguém falando o tempo todo com a platéia mas aquilo ali é demais.
Acho que é isso. Minha memória não anda tão boa já que estou escrevendo sobre um festival que eu fui há quase um ano e, por isso a mediocridade desse review. Vamos ver se escrevo sobre o Hellfest 2012 quando eu voltar de viagem na terça feira.
Se quiser ver o resto dos vídeos que fiz lá no Hellfest 2011, veja o meu playlist no youtube.