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Hellfest – 20/06

  • música
  • 6 min read

Omega Massif

Domingo foi o último e o melhor dia do Hellfest. Já fui em vários shows na minha vida mas nada supera os que vi nesse dia. Domingo era o dia stoner na Terrorizer tent e não era só isso que ia passar por Clisson nesse dia. Kiss, Motörhead, Slayer, Behemoth, Devin Townsend Project, Exodus, Nile, Suffocation, Decapitated, Dying Fetus, Katatonia, Doom, Garcia Plays Kyuss, Omega Massif, Mondo Generator, Yawning Man, 16, the Dillinger Escape Plan e Brant Bjork and the Bros. Tudo isso dividido em 4 palcos, sendo que várias bandas tocariam ao mesmo tempo, foi ai que tive que aprender a priorizar algumas bandas. Perdi alguns shows mas vi apresentações de uma perfeição impar.


httpv://www.youtube.com/watch?v=5Wgaa8cN1nc

A primeira do dia foi do Omega Massif que é uma banda de instrumental da Alemanha com apenas dois discos. Tenho esses dois discos aqui e foi grande a minha surpresa quando soube que eles estariam tocando no Hellfest. Eles abriram a Terrorizer tent as dez da manhã para um público que, tenho certeza, desconhecia por completo a banda. E eles humilharam o mundo. Foi tão impactante que eu sai de lá e comprei uma camiseta e um patch deles. Devo ser um dos poucos fãs brasileiros da banda no momento.

httpv://www.youtube.com/watch?v=4sJbIPGGwxs

Na sequência de shows, o próximo que eu queria ver era o 16 e essa banda foi a maior surpresa da viagem. Tudo bem que eu conheço a banda tem alguns anos mas ver aquela banda ao vivo a poucos metros foi indescritível. Enquanto eu escrevo esse texto, estou aqui vendo o video acima e me arrepio na hora que a música começa. Quem me conhece sabe que sou daqueles que fica parado vendo a banda e no 16, foi a primeira vez em muito tempo que a coisa foi diferente. Era difícil filmar sem balançar a câmera e sem bater cabeça. Esse show foi muito mais foda do que eu esperava. E, enquanto procurava os videos desse show, acabei encontrando uma filmagem onde eu consigo ser visto ali na frente do vocalista. Procure por um boné com a frente branca lá na frente e você me encontra.

Acabei sacrificando alguns shows depois do 16 porque eu precisava almoçar alguma coisa. Domingo, numa cidade no interior na França, não é um dia muito bom para resolver encontrar algo legal pra comer. Eu, Ronaldo e o grande Gabriel, amigo meu de Belo Horizonte que acabei encontrando por lá, perdemos o Decapitated em troca de um almoço medíocre no McDonalds de lá. O Dying Fetus tocaria na sequência no mesmo palco mas acabaram tendo que cancelar. Por isso mesmo acabei vendo um pequeno trecho do show dos deuses do stoner Weedeater.

A partir dai, as bandas começaram a deixar minha vida complicada. Behemoth, que eu já tinha visto há 3 dias na Polônia, acabou ficando de lado para que eu visse parte do Katatonia, que estava tão chato que acabei migrando para ver o Mondo Generator mais cedo. Isso sim foi um show foda. Já tinha visto o Nick Olivieri tocando quando ele veio para o Rock In Rio com o Queens of the Stone Age em 2001. Ele era o cara peladão, caso não lembre. A banda dele é de uma pegada mais agressiva, mais punk e muito mais agitada. Ele tocou umas duas músicas do QOTSA e foi um dos pontos altos do festival. Abaixo coloquei um trecho de 13th Floor que é uma das minhas músicas favoritas da banda.

httpv://www.youtube.com/watch?v=Dl7rBcHIHdE

Devin Townsend era a próxima banda que eu queria ver. Ele foi o vocalista da banda do Steve Vai e depois acabou fundando umas das bandas de industrial death metal mais pesadas que já vi, o Strapping Young Lads. Conheci essa banda no Fúria Metal em 1998 e virei fã na hora. Mas isso daqui não era o SYL, o show aqui era do seu projeto solo. E por mais que ele toque algo que eu goste, ao vivo, esse foi um dos shows mais brochantes de todo o festival.

httpv://www.youtube.com/watch?v=kq334txIr4A

Dali fui ver o Brant Bjork and the Bros, que é um personagem histórico do stoner já que ele é o baterista no clássico Blues from the Red Sun do Kyuss. Mas aqui ele toca outro som,
suas músicas não empolgam muito ao vivo e acabaram deixando o show um pouco tedioso. Valeu a pena mas eu esperava muito mais.

Depois disso, dei uma volta pelo local, assistindo um pouco do show do Exodus, um pouco do Motorhead, um trecho do show do Nile e foi isso. Essa calma foi boa porque agora eu iria assistir o show mais caótico da minha vida: the Dillinger Escape Plan. Tai uma banda que, mesmo já tendo vários videos do caos que eles fazem ao vivo, eu não acreditava muito que seria aquilo tudo. E foi quase que pior. Tive que parar de filmar o show 3 vezes e em uma delas foi porque guitarrista pulou em cima de mim. Esse não é um show para se ver parado lá do fundo. Esse é um show para se ver na frente do palco, fazendo parte da multidão e foi isso mesmo que eu fiz. E valeu muito a pena.

httpv://www.youtube.com/watch?v=VT4SZXu4Uvs

Acima dá para ver o que é 43% Burnt ao vivo. Lembro de quando escutei essa música pela primeira vez e assistir eles tocando isso na minha frente foi indescritível. Depois desse show, eu não esperava muito mais do Hellfest mas estava errado de novo. Enquanto, do lado de fora da Terrorizer tent, o Slayer fazia terminava seu show, eu esperava. Quando o Kiss começava lá fora, eu ainda esperava e valeu muito a pena esperar porque agora subia no palco uma das figuras mais lendárias do stoner, o grande John Garcia. E aqui ele só tocaria clássicos do Kyuss, existe como fechar um festival de melhor maneira?

Sim, existe. Quando eu soube que o Nick Olivieri, baixista do Kyuss, o Brant Bjork, baterista do Kyuss, e o John Garcia, vocalista do Kyuss; tocariam no mesmo festival, no mesmo dia e no mesmo palco, eu fiquei com esperanças. Fiquei esperando quando os três iam se juntar no palco e tocar Green Machine. Era só isso que eu queria e foi isso que eles fizeram. Tudo bem que eles tocaram mais algumas músicas juntas mas Green Machine ficou gravado na minha memória.

httpv://www.youtube.com/watch?v=FsD_AqABYIw

E foi isso o Hellfest para mim. Ainda consegui ver trechos do show do Kiss mas nada que realmente mude a vida de alguém já que eu acho essa banda deveras chata. Depois desses três dias, todo e qualquer festival de música brasileiro ficou no chinelo. Tudo ficou mais medíocre do que eu já achava que era e já passei a economizar um dinheiro para poder ir para Clisson novamente em 2011. Ozzy Osbourne, Kreator, 1349, Electric Wizard, Krisiun, Eyehategod, Atheist, Vader Exhumed, Coroner, Mayhem e Dødheimsgard já confirmaram. Ainda faltam 100 bandas confirmarem. Quer mais do que isso?

1 thought on “Hellfest – 20/06”

  1. Pingback: 43% Burnt do Dillinger Escape Plan - blog.ftofani.com

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