Vikingur Olafsson é um pianista islandês que muitas consideram como um dos melhores músicos clássicos do país. Pessoalmente, eu nunca tinha ouvido falar desse artista até que, no início do ano, um dos seus discos apareceu no meu Google Play Music como indicação musical baseado no que eu havia escutado antes. E foi assim que sua interpretação do trabalho de piano de Philip Glass entrou na minha lista de discos favoritos de 2017.
Vikingur Olafsson acredita que a forma com a qual nós escutamos música dentro da nossa cabeça é bem diferente de quando escutamos um disco. A forma com a qual mantemos o tempo e a forma com a qual o tempo de uma música realmente existe. Tudo isso é diferente e foi essa técnica que ele usou para trabalhar na sua interpretação pessoal dos trabalhos de piano de Philip Glass.
Víkingur Ólafsson – Philip Glass, Étude No. 5
Preview, download or stream: https://dg.lnk.to/vikingur_glass_pianoworks Víkingur Ólafsson – Philip Glass: Étude No. 5 – Classical Music – Philip Glass: Piano Works Víkingur Ólafsson is an up-and-coming visionary pianist not only of technical sublimity but also of remarkable entrepreneurial abilities.
Para Vikingur Olafsson, suas interpretações de Philip Glass não são nem perto de uma repetição da obra. Elas são um renascimento, como se ele estivesse seguindo na mesma direção mas construindo seu próprio caminho. E, baseado no vídeo que você pode ver log abaixo, acredito que muito do que li nessa entrevista que ele deu ao NY Times faz sentido.
Cresci com um piano na sala de casa. Culpa da minha avó que aprendeu a tocar piano na juventude e que, raramente, tocava alguma coisa em casa. Mas, o piano estava lá e meus avós escutavam tanta música clássica que eu acabei sendo influenciado pelos sons que eles ouviam.
Dessa forma, cheguei ao trabalho de Vikingur Olafsson já conhecendo muito do que existia sobre Philip Glass. E, sempre achei que a progressão musical que ele criou é uma das mais simples e, mesmo assim, interessantes da música do século passado. A forma com a qual ele cria progressões sonoras e trabalha com a repetição de notas é algo bem interessante para mim e Vikingur Olafsson faz isso de uma forma ainda mais interessante.
Algumas vezes, Vikingur Olafsson muda a direção da música, acentuando algumas notas, destacando alguns elementos da progressão musical e transformando tudo em algo um pouco diferente. E, acredito que, esse disco acabou mudando um pouco a forma com a qual eu escuto o trabalho de pianos de Philip Glass. Ou seja, é fácil entender o porquê que eu acabei considerando esse disco um dos melhores de 2017.