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De bicicleta de Berlim a Copenhague

Em setembro de 2024, eu embarquei em um passeio de bicicleta que eu estava planejando há muitos anos. Sai de Berlim e fui até Copenhague num desafio pessoal que foi maior do que algo físico, foi uma aventura cheia de belíssimas paisagens, pequenas cidades e uma sensação de realização mais do que profunda.

Essa jornada de mais de 600 quilômetros me ofereceu uma maneira diferente e mais do que especial de vivenciar a longa transição da capital alemã para o litoral dinamarquês de um jeito que eu nunca imaginei que iria poder ver.

Se você nunca leu o que escrevi no meu outro blog, o Frame Travel Roam Capture, sobre essa viagem de bicicleta, você pode estar se perguntando: por que eu escolhi pedalar de Berlim para Copenhague? Inicialmente, fui nessa direção porque a rota Berlim-Copenhague é bem estabelecida e amigável para ciclistas iniciantes como eu. E, como meu objetivo final é pedalar até Oslo, essa rota me levou à metade do caminho.

Além disso, essa foi uma jornada que me permitiu testemunhar as sutis mudanças culturais e na paisagem de dois países que são muito próximos geograficamente falando. Para mim, tudo isso foi uma primeira incursão de ciclística de longa distância e eu estou ansioso para fazer isso de novo.

Mas nada desse passeio de bicicleta foi espontâneo. Antes de partir, passei meses planejando meu equipamento: uma gravel bike, acessórios para poder carregar todas as coisas necessárias nessa viagem, roupas de ciclismo, kit de reparo para qualquer problema e um sistema de GPS que facilitasse minha pedalada.

Além disso, tive que pesquisar bem como lidar com comida e água durante os dias na estrada. E ainda tive que aprender como definir minhas distâncias diárias em segmentos que pudessem ser feitos em sequência para que eu ainda tivesse um certo prazer em pedalar por aí. Por isso mesmo, acabei escolhendo ficar em hotéis e pousadas, preferindo um certo conforto no lugar da economia financeira.

Minha aventura começou numa segunda-feira de manhã cedo, quando naveguei para fora da paisagem urbana de Berlim em direção ao norte do país. Transitei por trilhas e florestas mais tranquilas enquanto cruzava de Berlim para Brandenburg e, finalmente, para Mecklenburg-Vorpommern. A parte alemã do roteiro me levou pelo distrito de lagos ao redor de Waren e passei por lugares que gostaria de retornar um dia, como Krakow am See.

Quando comecei a chegar mais perto da costa, no meu quarto dia pedalando, estava claro que a paisagem estava mudando. Quando peguei a balsa de Rostock, na Alemanha, para Gedser, na Dinamarca, tive um momento especial que não sei direito explicar. Foi um momento para descansar e refletir sobre onde eu consegui chegar e tudo que ainda faltava pedalar.

Ao chegar à Dinamarca, tive a oportunidade de experimentar ciclovias bem conservadas e a sensação de estar em um país com uma cultura ciclista ainda mais forte do que a que tenho na Alemanha. Meu trajeto passou pela costa do país com frequência e eu tive que parar muitas vezes para fotografar e documentar tudo que eu estava vendo por ali.

Um dos meus momentos favoritos foi o dia em que eu separei para explorar a ilha de Møn com seus belíssimos penhascos brancos e inúmeras tumbas do período neolítico.

E chegar a Copenhague de bicicleta é até difícil de explicar em palavras. Foi uma mistura de sensações que passaram pela superação de ter pedalado por tantos dias até o alívio de que tudo isso tinha chegado ao fim. E que eu consegui colocar minha ideia em prática e pedalar até outro país.

O ciclismo de longa distância me apresentou desafios que eu não esperava que fosse ter. Do clima imprevisível e da chuva que peguei nos primeiros dias pedalando até os desvios que acabei tendo que fazer para evitar problemas. O cansaço físico não foi tão preocupante quanto eu esperava, mas a força de vontade e o esforço mental foram coisas que marcaram a minha experiência pedalando.

No entanto, recordarei com mais frequência da sensação de liberdade que tive ao pedalar, da amizade que fiz com outros ciclistas ao longo do percurso, da beleza das paisagens que presenciei e da imensa alegria que senti ao alcançar meu destino com a força dos meus próprios esforços. Isso tudo fez com que essa viagem se tornasse inesquecível para mim.

Berlin to Copenhagen for Beginners: My First Bikepacking Adventure in 2024

Se você já pedala há algum tempo ou deseja experimentar algo semelhante ao que fiz, posso garantir, com base na minha experiência, que pedalar de Berlim para Copenhague é uma aventura marcante que ficará marcada em você por um longo período após o término da viagem.

De bicicleta de Berlim a Copenhague: uma jornada inesquecível

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